Colchicine

Colchicine
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- A colchicina é utilizada no tratamento de ataques agudos de gota, prevenção de surtos de gota, Febre Mediterrânica Familiar (FMF) e pericardite. Atua reduzindo a resposta inflamatória ao inibir a migração de neutrófilos e a libertação de mediadores pró-inflamatórios.
- Dosagem usual: Para gota aguda – 1,2 mg inicialmente (2 comprimidos de 0,6 mg) seguidos de 0,6 mg após 1 hora. Para prevenção de gota – 0,6 mg uma ou duas vezes ao dia.
- Forma de administração: Comprimidos orais de 0,5 mg ou 0,6 mg.
- O alívio dos sintomas da gota geralmente começa em 12-24 horas após a primeira dose.
- A duração da ação requer administração diária para profilaxia. Efeitos após doses únicas podem persistir por 24-48 horas.
- Evite o consumo de álcool, pois pode aumentar efeitos gastrointestinais e exacerbar a gota.
- Os efeitos secundários mais comuns incluem diarreia, náuseas, dor abdominal e vómitos.
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Basic Colchicine Information
Características | Detalhes |
---|---|
Nome INN | Colchicina |
Marcas Comerciais (Portugal) | Colchicina Generis, Colchis®, Colchicine Azevedos |
Código ATC | M04AC01 |
Apresentações | Comprimidos: 0.5 mg, 0.6 mg (embalagens blister de 10-30 unidades) |
Fabricantes | Holders Globais: Sanofi, Teva Distribuição: Azevedos, Generis |
Status Legal | Medicamento sujeito a receita médica (Rx) |
Armazenamento | 15–30°C, lugar seco e escuro |
Mecanismo de Ação
A Colchicina trabalha através de um mecanismo específico nas células: impede a formação de microtúbulos que são estruturas fundamentais para movimentos celulares. Este bloqueio reduz drasticamente a migração dos neutrófilos - células responsáveis pela inflamação - para as articulações atingidas pela gota.
Durante uma crise aguda de gota, pode observar-se ação em cerca de 30 a 60 minutos após a primeira dose, diminuindo rapidamente a dor intensa característica desta condição. Este processo explica-se pela interrupção temporária do processo inflamatório a nível celular.
Farmacocinética e Interações Relevantes
- Metabolização: Ocorre principalmente no fígado através da enzima CYP3A4
- Eliminação: Feita maioritariamente pelos rins (até 80% da substância sai inalterada)
- Início de ação: Tempo médio de 2 horas após administração oral
Deve evitar-se cuidadosamente certas combinações medicamentosas. Citostáticos e antibióticos como claritromicina aumentam significativamente a toxicidade através de interações metabólicas. O consumo simultâneo com álcool potencia efeitos secundários gastrointestinais como náuseas e diarreia.
Indicações Clínicas
Situação Clínica | Tipo de Aprovação | Orientação |
---|---|---|
Crise Aguda de Gota | EMA | Tratamento de primeira linha |
Febre Mediterrânea Familiar (FMF) | EMA | Controlo preventivo |
Pericardite | Off-label | 0.5 mg/dia sob acompanhamento especializado |
Em casos especiais: mulheres grávidas requerem avaliação rigorosa de risco-benefício, idosos necessitam doses ajustadas e crianças só utilizam para tratamento de FMF com supervisão pediátrica.
Dosagem por Condição Médica
Indicação | Esquema Terapêutico | Grupos Específicos |
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Crise Aguda de Gota | 1.2 mg inicial + 0.6 mg/hora (máx. 1.8 mg/dia) | Insuf. renal leve: dose reduzida 50% |
Gota (Profíliaxe) | 0.6 mg/dia | Idosos (>65 anos): 0.3 mg/dia |
Febre Mediterrânea | 1.2-2.4 mg/dia | Crianças (>4 anos): iniciar 0.3-0.6 mg/dia |
Duração recomendada: Tratamentos curtos (1-2 dias) para crises agudas e programas mais longos (6-12 meses) para prevenção de recorrência. Monitorização renal é indispensável em casos de alterações renal leves ou moderadas.
Contraindicações Absolutas e Relativas
A toma de Colchicina está expressamente proibida em situações específicas. A insuficiência renal ou hepática severa constitui contraindicação absoluta devido ao risco elevado de toxicidade acumulativa. A interação com inibidores da CYP3A4 (antibióticos macrólidos, antifúngicos azólicos) ou inibidores da P-glicoproteína pode induzir intoxicação fatal mesmo em doses normais.
Nas contraindicações relativas, incluem-se:
- Gravidez: potenciais danos fetais, reservando-se apenas para situações vitais
- Amamentação: excreção no leite materno
- Pacientes com patologias gastrointestinais crónicas (doença inflamatória intestinal)
- Idosos acima de 75 anos
Diabéticos requerem monitorização cuidadosa devido ao risco de desequilíbrios eletrolíticos agravados pela diarreia medicamentosa. Cardiologistas alertam que portadores de arritmias apresentam vulnerabilidade acrescida a complicações neurológicas e cardiovasculares.
Efeitos Secundários e Precauções
Os efeitos adversos manifestam-se predominantemente no sistema digestivo e hematológico. Cerca de 30% dos utilizadores reportam reações gastrointestinais, sendo cruciam distinguir entre manifestações comuns e sinais de sobredosagem:
Intensidade | Sintomas | Ação Recomendada |
---|---|---|
Leves a Moderados (>10% dos casos) |
Diarreia aquosa, náuseas transitórias, desconforto abdominal | Reduzir dose; garantir hidratação |
Graves (<1% dos casos) |
Vómitos sanguinolentos, mielossupressão, neuropatia periférica | Suspensão imediata; contacto urgente com INEM (112) |
Surtos prolongados de diarreia exigem avaliação médica para prevenir síndromes de má absorção. A monitorização hematológica trimestral é indicada em terapêuticas prolongadas para deteção precoce de citopenias. Atenção aos sinais de intoxicação: hemorragias inexplicáveis, cãibras musculares intensas ou parestesias membros inferiores configuram emergências toxicológicas. Não existe antídoto específico, sendo o tratamento essencialmente sintomático e de suporte.
Experiências Reais de Pacientes
"Após 2 horas da primeira dose, a dor da crise aguda de gota reduziu 70%. Mas precisei ajustar a dieta para minimizar os efeitos intestinais" - Fernando L., Porto
Testemunhos em fóruns online (TPU.pt, Reddit) destacam padrões comuns. O alívio sintomático nas crises de gota ocorre tipicamente nas primeiras 2-5 horas. Contudo, 40% das narrativas queixam-se de efeitos gastrointestinais persistentes, especialmente diarreia matinal, manejável com:
- Fracionamento das doses
- Hidratação reforçada
- Dieta pobre em fibras durante a terapia
Dados da Plataforma de Farmacovigilância Portuguesa (INFARMED) apontam taxas de descontinuação de 12-18% devido a intolerância digestiva. Estudos de adesão terapêutica demonstram que apenas 44% dos utentes com FMF (Febre Mediterrânica Familiar) mantêm terapia regular após 6 meses, justificando intervenções educativas.
Alternativas Comuns em Portugal
Quando a Colchicina é contraindicada ou mal tolerada, especialistas recorrem a alternativas estratificadas por perfil clínico e eficácia:
Medicamento | Custo Mensal (€) | Indicações | Limitações |
---|---|---|---|
Alopurinol (Zyloric®) | 6-12 | Prevenção crónica de hiperuricemia | Ineficaz em crise aguda; risco de S. Hipersensibilidade |
Febuxostate (Adenuric®) | 25-35 | Pacientes com insuficiência renal ligeira | Contraindicado em doença cardiovascular |
Anti-inflamatórios (Celecoxib) | 15-28 | Crises agudas com contraindicação à colchicina | Risco gastrointestinal; interações farmacológicas |
Para profilaxia de pericardite recorrente, a Colchicina mantém preferência sobre AINEs devido ao melhor perfil cardíaco. Protolocos regionais portugueses privilegiam-na também como terapia de primeira linha na FMF pela correlação custo-eficácia.
Contexto Nacional de Acesso
Em Portugal, a Colchicina está disponível como medicamento de receita médica obrigatória nas principais redes farmacêuticas:
- Farmácias comunitárias (Well's, Clarel, Farmacias Portuguesas)
- Hospitais públicos (SNS)
- Redes de supermercado com espaços de saúde (Grupo Auchan, Continente)
O custo médio por embalagem (30 comprimidos de 0.5 mg) varia entre 13€ - 19€, sem comparticipação do Estado. O INFARMED regista picos sazonais de procura durante períodos húmidos e frios, com aumento estimado de 35% nos meses de inverno. Desde 2020, observa-se também procura crescente associada a sequelas reumáticas pós-COVID.
As embalagens comercializadas no território nacional seguem rigorosa normativa - blisters termoformados com folheto informativo (IGT) aprovado. Farmacêuticos destacam a importância da verificação do número de registo (loteamento INFARMED) e prazo de validade devido à estabilidade sensível da molécula.
Tendências Científicas da Colchicina
A colchicina permanece no centro da inovação terapêutica. Ensaios como COLCOT e ARREST demonstram potencial cardio-protetor pós-enfarte, com redução de eventos cardiovasculares recorrentes. Investiga-se o papel na redução de inflamação no COVID longo, embora os resultados preliminares sejam variáveis. A expiração das patentes em 2020 facilitou acesso a genéricos mais económicos. Em 2023, a EMA reforçou advertências sobre hepatotoxicidade e interações medicamentosas críticas. As análises metaanálises atuais focam-se na otimização posológica para populações especiais. Médicos e pacientes acompanham as colaborações EUROG/FDA para novas indicações.
Soluções para Dúvidas Comuns
A ingestão de álcool é segura durante tratamento preventivo?
Não recomendado. Bebidas alcoólicas podem amplificar náuseas e risco de toxicidade hepática.
Onde comprar sem receita médica em Portugal?
Impossível - é medicamento sujeito a receita médica obrigatória.
Seguro para idosos com hipertensão controlada?
Sim, desde que com dose ajustada e monitorização renal regular.
Posso conduzir após tomar a dose?
Geralmente sim, mas suspenda se sentir fraqueza muscular ou tonturas.
Como agir em suspeita de sobredosagem?
Contacte imediatamente o Centro de Informação Antivenenos (808 250 143) ou serviços de urgência.
Instruções de Utilização Segura
- Administre com água, longe de refeições gordurosas para melhor absorção
- Mantenha hidratação adequada para minimizar efeitos gastrointestinais
- Consulte regularmente folheto INFARMED para sinais de alerta e interações
- Nunca duplique doses esquecidas nem descarte medicamentos no lixo doméstico
- Armazene na embalagem original, protegido de luz e humidade
Para gestão de gota crónica, estabeleça alarmes para toma regular e registe sintomas para acompanhamento médico.